terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Comunicação




O som e o silêncio são faces da mesma moeda, saber quando falar e quando calar é sinal de sabedoria e assim como as demais áreas da vida exigem disciplina da qual só tomamos consciência do seu real valor quando nos tornamos capazes de colocá-la em prática... É no cotidiano, vivendo que vamos aprendendo que nenhum homem deve se calar quando for preciso falar, pois quem silencia diante de um equívoco dele torna-se cúmplice, esclarecer com respeito é direito e dever, aprendemos também que a palavra é muito valiosa para ser desperdiçada e é preciso saber o momento de calar antes que elas se tornem um excesso a pesar nos ouvidos daqueles que nos emprestam a atenção.

Conquistar esse discernimento parece ser mesmo um esforço frequente que deve nos acompanhar por toda a vida, um compromisso íntimo que nos exige raciocinar com sincera retidão para falar com clareza aquilo que se pensa, enquanto senti aquilo que se diz... Aparar as arestas das palavras tantas vezes carregadas pelos excessos da emoção, sem perder de vista nosso compromisso maior: a fidelidade à nossa consciência. Nesses tempos onde tudo é “fast” precisamos nos lembrar de parar, respirar, deixar a mente aquietar-se nas suas múltiplas dimensões, permitir que o silêncio assim como as reflexões cheguem e tenham espaço onde se acomodar afim de alcançarmos diálogos mais fortuitos, trocas reais com o próximo e conosco.


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