sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Então, é Natal?!




Correrias nos shoppings que estão abertos em ritmo de plantão, alguns afoitos para comprar os presentes, casas decoradas, árvores montadas, luzes acendidas e mercados cheios, afinal, precisamos preparar a ceia... Mas, qual é o motivo do natal mesmo?  Há... O nascimento de Jesus!

Que não nos esqueçamos do aniversariante (independente dele ter nascido ou não neste período), que essa data não seja apenas pretexto para comermos em demasia e trocarmos objetos. Que nós nos reunamos e confraternizemos, com os familiares, amigos, em fim, todos que nos são queridos, que troquemos presentes sim, isso é muito bom, mas sem nos esquecermos do motivo maior da data e sem nos perdermos em excessos.

Há quem diga que somente neste período as pessoas se lembram de serem solidárias, penso que é melhor agir assim uma vez ao ano do que nunca, cada um só pode dar o que possui e deve agir de acordo com as suas possibilidades, para além do sentido de poder aquisitivo.

Que uma vez existindo a saudade dos que já partiram, que este sentimento não se transforme em melancolia e para os que andam sós na estrada, não teimam a solidão, na verdade ninguém está sozinho. Por um planeta mais justo,  dignificado e fraterno. Ah e por um futuro natal menos europeu ou americanizado, afinal estamos em um país tropical, decoração com algodão imitando neve, pega mal.

Feliz Natal a todos nós!!!


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Diálogo Contínuo





















-
Ei vem cá!
-Anda um pouco mais devagar!
-Me diz, pra quê tanta pressa?
-Mas você viu, não se acanha mesmo né?
-Anda na frente e dá de ombros pra mim!
-Olha lá, ô pra li, o Sol no fim da estrada, a gente bem que podia vê-lo se por juntos, não era não?
-Mas você hein, espera por mim poxa vida!
-Ai que ser humano mais impaciente!
-Não vê que toda tentativa de te alcançar resulta inútil?
-Aliás, como as de te abraçar também...
-Ufa, finalmente você parou!
-Que foi? Cansou?
-Parou bem aqui na encruzilhada...
-Se perdeu foi? Não sabe que caminho seguir não?
-Quer saber, desisti! Eu sei que para mim, qualquer um vai servir...
-O meu caminho vai ser o que você não vai seguir.
-Não, agora não adianta mais falar.
-Vai, vai embora...
-Tá vendo ali, onde vai dar?
-Adeus meu bem, eu vou é pro Mar!!!



sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Confissão de Mãe



Eu que vinha cansada na estrada,
Quando soube que ia te acolher,
Tive a esperança renovada,
Renasceu nova sede em viver.


Ter-te ali em meus braços,
com esses olhos de puro esplendor,
Ter-te aqui nos meus seios, pequeno,
E com o leite te dar meu amor.


Cada ninada sua e o choro 
Me faziam de sobressalto levantar,
Hoje lembro e damos risada,
Tudo valeu a pena só por te amar.


Agora vendo você adulto,
Eu percebo cumpri minha missão,
E agradeço a Deus e a vida,
Ajudei a formar um cidadão.



terça-feira, 15 de novembro de 2011

Amor Dissoluto


Oh dissoluto amor,
Queria antes arrancar-te do meu peito,
Malogrado e sofredor,
Soubesse eu dos dissabores que hoje passo,
Fugiria da tormenta a que essa paixão me levou.

Os arroubos da juventude e o teu sorriso encantador,
São minha morena,
o motivo que fazem da minha alma pequena
Rio secando de esperança,
Fonte transbordando de lembranças,
Lágrimas que correm sem temor.

Hoje, este homem perambula pelas ruas da cidade,
Em uma boêmia sem fim,
Todas que cruzam o meu caminho
São apenas espinhos,
Você é a verdadeira rosa,
A flor do meu jardim.

Sigo renovando a esperança,
Quem sabe um dia seu olhar encontra o meu.
Neste momento seremos únicos no mundo.
Dois adultos, duas crianças Julieta e Romeu.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Chuva causa transtornos nas cidades?


Nas diversas mídias, a chuva ganhou status de catástrofe natural, mas, ao que me consta, catástrofes são maremotos, vulcões em erupção dizimando cidades circunvizinhas, ciclones, inundações que são causadas pelo transbordamento de leitos naturais.Com o perdão da redundância, oras a chuva sempre choveu desde os tempos mais remotos, a quantidade de água que as cidades  recebem passam longe de serem um dilúvio. A chuva tornou-se um bode expiatório que omite a responsabilidade das instâncias publicas na infra estruturação das cidades e de cada morador que não exerce plenamente a sua cidadania.
 Enquanto as operações chamadas “tapa buracos” estiverem comprometidas com a dissimulação de pretender parecer que algo está sendo feito com qualidade e isto falsificar-se nos primeiros chuviscos que metrópoles recebam, enquanto ao invés de serem construídas encostas no intuito de remediar uma situação de moradia inadequada, serem colocadas lonas pretas na mesma lógica dissimulada, de fachada, enquanto as pessoas forem obrigadas a viver em condições indignas, vão continuar as ameaças, os desmoronamentos e todos os demais transtornos com eles advindos.
Enquanto as pessoas pertencentes a classes sócias com menor poder aquisitivo, forem tratadas de forma qualitativamente desigual, com desinteresse e descompromisso, essa situação caótica vai continuar por muito tempo. E se não desenvolvermos a consciência de que a rua é sim extensão de nosso lar, porque nossa casa é o planeta terra e, seguirmos jogando lixo na rua, teremos os bueiros entupidos sem poder chamar enchentes causadas por este fator de natural. A culpa não é, nem nunca foi da chuva, esta situação é fruto do descaso, da falta de educação e consciência, é sim uma catástrofe, mas, social.




terça-feira, 8 de novembro de 2011

Inevitável











Há o fim...
Tudo finda,
As paixões mais intensas,
As ondas mais violentas,
O beijo mais profundo
O querer, a posse, o poder.
A alegria genuína,
E o sofrer mais dilacerador,
Passa a febre, a doença, a amizade mais densa,
Mas, com certeza,
O que não passa é o verdadeiro amor,
Eterno, infinito, redentor.
Tudo pode acabar,
Mas ele jamais findará.


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Flor de Lótus


Acreditar que o amor regenera, que é a forma mais sublime de transformação, é acreditar que apesar das quedas, dos erros, desencontros e desvios, o ser humano, mais cedo ou mais tarde se ergue para retomar o seu rumo e seguir firme e forte o seu caminho. Essa crença é por si só a maior das esperanças e nada tem haver com utopia, este processo é gradativo e não se opera da noite para o dia.

Apesar dos crimes, dos atos malfazejos e transloucados, de toda cólera, da sede de poder e prazer desmedidos, substanciados pelo egoísmo e das dores infligidas ao próximo que irremediavelmente voltam para si, apesar das tempestades, tormentas e dias nebulosos, o sol certamente tornará a surgir.

Acreditar que apesar das sombras, uma luz teima em iluminar e à medida que ela cresça, ele mesmo não terá condições de impedi - lá de irradiar.  Assim, antes de ser um lugar aonde chegar, um local para onde se dirigir, antes de ser a busca pelo nirvana, pelo céu ou paraíso, o sentido da vida está em viver.

É nela que o ser humano encontra todos os substratos necessários para aprender, se desenvolver e crescer, independente da trilha que ele escolha caminhar. E não há  nada de novo nestas palavras, como dizia Lavoisier: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Experimenta deixar a sua luz brilhar, só pra ver o clarão que vai dá (um dia, ah um dia chegaremos lá).




quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Amigo Fiel



Não raro vemos certos moradores de rua acompanhados por seus cães, os quais fazem jus ao título de companheiros fiéis. Sem exageros, acredito mesmo que esta relação muitas vezes salve essas pessoas de processos de desequilíbrios, transtornos e até da loucura, sim, porque, a invisibilidade e o isolamento para um ser que é substancialmente social é enlouquecedora. Com o cão constrói-se uma relação de afeto, de amor e carinho absolutamente desinteressada e incondicional, com certeza, aquém do que se precisa, mas ao alcance do que se pode.



quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Cais


Justamente pela vida não ser este barco naufragado, é que eu não vou ancorar meus sonhos neste porto de misérias. 


sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Refletindo



Se o equilíbrio não é estático, a dinâmica da vida se traduz nesta eterna busca pela conquista das justas medidas das coisas e sua consequente perda.
O que ontem nos supria perfeitamente, hoje não nos cabe mais, o que fazia falta, hoje é excesso.
É preciso pensar, refletir, questionar, aderir e descartar.
O que fica no decorrer deste processo soma-se e passa a fazer parte deste construto chamado personalidade. Sempre a exigir de nós readequação e transformação.


domingo, 4 de setembro de 2011

Erro de interpretação




-Nossa, mas ele é poeta? Vai morrer de fome!!!
-Ora, poesia não é para encher a barriga!
-Poesia é para alimentar a alma!!





terça-feira, 30 de agosto de 2011

Som alto no ônibus? "É barulho no Buzu"


Música alta dentro de ônibus é senso comum de que incomoda (exceto para quem a propaga claro), no desempenhar de nossas rotinas nos vemos obrigados   escutá-las.  De certo, é algo pra se questionar, como chegamos a esse ponto? Em um ambiente social  a vontade particular se impondo  arbitrariamente para a coletividade? Rompimento dos mais sutis laços de cidadania, existem apenas direitos. 


Este quadro denuncia  nossa já conhecida fragilidade educacional, o indivíduo que não tem introjetado tais valores não é capaz de um pleno exercício de sua cidadania, não enxerga que os direitos dele começa onde o do outro termina, por isso, impõe sem preocupações o seu comportamento, nesse caso, o som que pra variar costuma ser alto... Mas afinal, o que será que está por detrás deste ato tão disseminado e continuamente crescente? Pode-se dizer que a popularização dos celulares é  fator primordial, mas este é um dos veículos  pelo qual se dá (também existem rádios portáteis com caixas de sons potentes), entretanto, ambos tratam-se do efeito e não da causa.

E se a motivação estiver em chamar a atenção, seria possível?  Em mundo narcísico este certamente deve ser um fator importante a se considerar e o levando em conta... Neste caso, chamar atenção para o quê? O que trazem estes conteúdos musicais? Existem diferentes estilos de "djs"? Sim, desde os que ouvem músicas com conteúdos românticos aos de protestos, passando pelas de conteúdo sexista. Variam as formas de expressão, alguns cantam juntos, outros formam verdadeiros grupos de percussão batucando no famoso "fundão". O que tudo quer nos dizer, o que se está a alardear?

já ouvi jovens cantando apaixonadamente refrãos tão pesados, com tamanha agressividade, me parecem denunciar com certas letras situações sociais muito mais dramáticas. Entretanto é leviano atribuir tal ação apenas as classes populares, pois, proprietários de veículos privados populares ou de luxo repetem a mesma ação, cada vez mais tunam seus carros com caixas de sons potentes, verdadeiros mini trios elétricos que seguem a mesma lógica dos "djs do buzu" (claro que de modo mais fortemente atrelado a valores  narcísicos)

Com certeza em ambos os casos falta educação (no sentido amplo da palavara) portanto, não tomemos o efeito pela causa. Parece que o quadro baseia-se na seguinte questão: A cidadania que não reconheço em mim, não sou capaz de reconhecer no outro que, aliás, pra mim é um estranho. Não há o que se perder, ganho mais em escutar por afronta, exibição ou alienação, imponho minha vontade e sei que ninguém vai reclamar (em tempos de violência ninguém vai arriscar-se a uma possível agressão).

E tantas outros aspectos devem estar a influenciar essa situação e é fundamental buscarmos compreender o que culturalmente estes fenômenos significam. Campanhas espalham-se não só na Bahia, em prol da conscientização e ela é necessária, mas se quisermos realmente parar de secar gelo, vamos investir na base que nos garanta uma boa formação nos tornando aptos a exercer plenamente a cidadania a fazer jus ao título de cidadão.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Flor Nascente



  
Pra ela o mundo é novo, cheio e possibilidades,
Pra ela, todas as flores, todas as cores.
Todo o amor de quem lhe cuida.
Os primeiros passos: Verdadeiros saltos!
Do balbucio à fala: Quase um milagre!
Sem me dar conta, assim sem perceber...
A vida daquela criança, me devolveu a esperança
De que ainda vale a pena viver!!





terça-feira, 16 de agosto de 2011

Relações nossas de cada dia.


Acredito que muitas vezes as relações podem constituir-se apenas como somas de incompletudes. Onde buscamos loucamente sermos felizes, depositando no outro expectativas e transferindo necessidades, muitas vezes negando a si mesmos. Se as relações partirem desse paradigma possuem grandes chances de serem meios de infelicitude.  Relações que podem proporcionar prazer, mas, não realização, satisfação e que muitas vezes enredadas em ilusões e mentiras causam a médio e longo prazo sofrimento de várias ordens.

Mulheres objetificam-se na busca de serem admiradas, desejadas e mais, claro que a mulher quer mais, na busca de serem amadas, de tal modo equivocadas, acabam por si desrespeitar. Nunca compramos e nos vendemos tão fácil à imagens estereotipadas que reforçando o machismo ancestral teimam em nos reduzir a objeto sexual. Homens, quantos homens preocupados com a quantidade de conquistas não conseguem passar da página dois, sabendo apenas serem dons Juans. 

Especializados na “arte” da conquista passam muitas vezes por cima da verdade, enganam, ludibriam e perdem a si mesmos pelo caminho, sem habilidade para lidar com as demandas reais das relações quando acaba o repertório. Perdem-se pelo caminho porque se não é possível sermos felizes sozinhos confundido corações carentes, tantas vezes fragilizados também não.Nessa ânsia de felicidade, nestes tempos turbulentos onde a superfície do mar está sempre revolta, onde as ondas são bravias e às vezes surpreendentemente terminam frágeis beira mar, mergulhamos e muitas vezes nos afogamos em relações pouco sadias.

Então, acredito que não há outro caminho que não do auto enfrentamento dessa incompletude, sem buscar fantasiosamente o outro e no outro o suprimento de demandas que são nossas. Quem tem que nos amar primeiro somos nós, quem precisa se cuidar, se proteger e ser nosso melhor amigo também somos nós. Se percebermos isso, vamos pouco a pouco desistindo da falsa idéia da metade da laranja e finalmente poderemos ser inteiros, em relações onde as pessoas se encontram, trocam e somam ao invés de subtrair.

Já é árdua a tarefa de ser humano por si só, afinal essa inteireza está sempre em construção e transformação que às vezes causam inevitáveis impactos nas vidas alheias, nem sempre conseguimos tomar as melhores decisões, emitir opiniões e atitudes mais sensatas, agimos impulsivamente.

Acredito que a consciência de nossa humanidade faz com que sejamos mais generosos com a dos outros e também mais respeitosos. Que apesar das dificuldades, nossa necessidade legítima de felicidade, de bem estar, assim como de liberdade não se torne pretexto distorcido e virem apenas uma ânsia louca que só nos traga  infelicidade.




sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Filhos melhor tê-los quando:














Tiver terminado seus estudos,
Tiver um emprego estável,
Um bom nível de maturidade,
Com alguém que você respeite, 
Confie, admire e claro ame e seja amado.
Mas, se por algum acaso fugir a regra do desejável.
A própria vida em si, é a grande dádiva,
Bem maior a ser preservado.


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Mentiras que o mundo conta




Quando você se formar, conseguir aquele emprego que paga super bem ou ganhar na mega sena, você vai ser feliz;

Quando você morar sozinho, tiver seu carro/moto, vai ter total independência e conquistar todas as mulheres (Bobagem, só algumas iludidas);

Quando você perder aqueles quilinhos a mais, puder comprar todas as roupas e acessórios que quiser, ai sim você vai ser bonita e valorizada (Viver de aparência é se prender a uma ilusão);

Quando você alisar, escovar e tingir os cabelos de rúbios acinzentados com chocolate e avelã, ai sim você vai se encaixar em algum padrão e chamar atenção (Cuidado, você pode cair em um processo de escravidão);

Quando você tiver mil e um conhecidos jamais vai sentir solidão (Na maioria das vezes os amigos a gente conta nos dedos das mãos).
Quando você tiver aqueles músculos ai sim vai ser o predador (Tolice, também é preciso malhar o cérebro, por favor);

Quando você tirar dez vai poder dizer sou inteligente e ai pronto, é suficiente (falácia, inteligência sem sabedoria perde boa parte do seu valor, ditadores costumam ser inteligentes). 

Verdades que o mundo esconde

Em um castelo ou em uma casinha simples, aquela de sapê, há homens e mulheres essencialmente iguais a mim e a você;

A única forma possível de ser feliz é vivendo o presente, se olhando de frente no espelho da vida, enxergando os defeitos e qualidades, abandonando pouco a pouco a vaidade, deixando a alma se emancipar;

É importante tudo o que o mundo tem para oferecer desde que isto não escravize você. Deixa a alma livre, aposto que ela só quer amar, que ela só quer viver.


quinta-feira, 28 de julho de 2011

Entrega


                                    
Pois diga a ele que deixo tudo!
Devolvo ao mundo todos os enfeites que ele me deu.
Entrego-lhe os óculos escuros 
que usei para esconder meus olhos
e os adereços que ofuscaram o brilho do meu olhar.
Todos os sapatos...
Todas as roupas e máscaras que usei para me resguardar 
Entrego ao mundo os sorrisos amarelos,
hoje eu só quero os sinceros e sei que assim será.
Entrego ao mundo todo o barulho e agonia que ele me causou.
Adeus mundo!
Agora eu vou a Vida.
Agora eu quero a liberdade de viver no amor.




sexta-feira, 27 de maio de 2011

Projeto “Trabalhista” tramita no congresso



Um país em desenvolvimento como o Brasil necessita de projetos de leis e ações práticas que contribuam para o seu crescimento e para tanto é necessário que tenham como fatores basilares o compromisso com a saúde, educação e formas eficientes de progresso da economia, buscando sempre inserir os cidadãos de forma integra no mercado de trabalho.

 A Proposta que tramita no congresso, que visa a criação da figura do “trabalhante” deve ser avaliada de forma criteriosa e sem imediatismos. Se a princípio para o trabalhante existe a vantagem de receber um salário igual a de um funcionário comum na empresa onde venha a trabalhar, não ter assegurado os direitos previstos pelo INSS e FGTS é um ponto extremamente problemático.

 Diferentemente do estagiário, o trabalhante graça do direito de estar matriculado em qualquer curso, mesmo que este não tenha nenhuma ligação com a sua função desempenhada na empresa, bastando que comprove a carga horária mínima de estudos de três horas por dia. Além disso, o trabalhante não está assim como o estagiário subordinado ao controle da instituição de ensino vinculada a empresa, o que abre espaço para atos de má fé; já vislumbro mais uma janela pra corrupção.

O sujeito pode matricular-se em qualquer curso apenas para preitear a vaga, sem que lhe seja cobrado como o é do estagiário um prévio conhecimento na sua área, fora o aumento da chance de ocorrer nepotismo, favorecimentos, em fim... É muito mais inteligente e eficiente a figura do estagiário que está sendo colocado em uma contínua inter-relação entre o que aprende na instituição de ensino e o que prática na empresa, o que inclusive contribui para o país na formação de um profissional qualificado.

Enquanto o estagiário mesmo ganhando menos, tem os seus direitos de trabalhador assegurados e estar ganhando domínio em sua área, o trabalhante diferente do colocado não passa por tais exigências e parece ser apenas mais um projeto equivocado que ao invés de trazer benefícios abri campo para a criação de problemas de várias ordens. A educação é um dos fatores fundamentais para o nosso desenvolvimento, que o Brasil aprenda a dar o exemplo desde cedo, respeitando e honrado os direitos de seus trabalhadores, há regimes de contratação como REDAs também me parecem arbitrários e criminosos.





quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Simples poema













Perpétuo no tempo e no espaço,
Meu diálogo contínuo e infinito,
Ora fome, ora silêncio,                                              
Ora verdade, ora mito.

Nas lassitudes e lassidões,
Me desmascaro nas amplidões 
e entro em conflito.

Certo de que tudo passa,
Tomo a retaguarda,
 Passo a me encarar,
Um dia, quem sabe logo,
Tudo irá passar.

Na imensidão,
A paisagem é criatura que reconstruí
E dou vida após matar.
Mas, de leito nascituro não há o que se temer, 
De nada serve o medo de amar.