sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Confissão de Mãe



Eu que vinha cansada na estrada,
Quando soube que ia te acolher,
Tive a esperança renovada,
Renasceu nova sede em viver.


Ter-te ali em meus braços,
com esses olhos de puro esplendor,
Ter-te aqui nos meus seios, pequeno,
E com o leite te dar meu amor.


Cada ninada sua e o choro 
Me faziam de sobressalto levantar,
Hoje lembro e damos risada,
Tudo valeu a pena só por te amar.


Agora vendo você adulto,
Eu percebo cumpri minha missão,
E agradeço a Deus e a vida,
Ajudei a formar um cidadão.



terça-feira, 15 de novembro de 2011

Amor Dissoluto


Oh dissoluto amor,
Queria antes arrancar-te do meu peito,
Malogrado e sofredor,
Soubesse eu dos dissabores que hoje passo,
Fugiria da tormenta a que essa paixão me levou.

Os arroubos da juventude e o teu sorriso encantador,
São minha morena,
o motivo que fazem da minha alma pequena
Rio secando de esperança,
Fonte transbordando de lembranças,
Lágrimas que correm sem temor.

Hoje, este homem perambula pelas ruas da cidade,
Em uma boêmia sem fim,
Todas que cruzam o meu caminho
São apenas espinhos,
Você é a verdadeira rosa,
A flor do meu jardim.

Sigo renovando a esperança,
Quem sabe um dia seu olhar encontra o meu.
Neste momento seremos únicos no mundo.
Dois adultos, duas crianças Julieta e Romeu.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Chuva causa transtornos nas cidades?


Nas diversas mídias, a chuva ganhou status de catástrofe natural, mas, ao que me consta, catástrofes são maremotos, vulcões em erupção dizimando cidades circunvizinhas, ciclones, inundações que são causadas pelo transbordamento de leitos naturais.Com o perdão da redundância, oras a chuva sempre choveu desde os tempos mais remotos, a quantidade de água que as cidades  recebem passam longe de serem um dilúvio. A chuva tornou-se um bode expiatório que omite a responsabilidade das instâncias publicas na infra estruturação das cidades e de cada morador que não exerce plenamente a sua cidadania.
 Enquanto as operações chamadas “tapa buracos” estiverem comprometidas com a dissimulação de pretender parecer que algo está sendo feito com qualidade e isto falsificar-se nos primeiros chuviscos que metrópoles recebam, enquanto ao invés de serem construídas encostas no intuito de remediar uma situação de moradia inadequada, serem colocadas lonas pretas na mesma lógica dissimulada, de fachada, enquanto as pessoas forem obrigadas a viver em condições indignas, vão continuar as ameaças, os desmoronamentos e todos os demais transtornos com eles advindos.
Enquanto as pessoas pertencentes a classes sócias com menor poder aquisitivo, forem tratadas de forma qualitativamente desigual, com desinteresse e descompromisso, essa situação caótica vai continuar por muito tempo. E se não desenvolvermos a consciência de que a rua é sim extensão de nosso lar, porque nossa casa é o planeta terra e, seguirmos jogando lixo na rua, teremos os bueiros entupidos sem poder chamar enchentes causadas por este fator de natural. A culpa não é, nem nunca foi da chuva, esta situação é fruto do descaso, da falta de educação e consciência, é sim uma catástrofe, mas, social.




terça-feira, 8 de novembro de 2011

Inevitável











Há o fim...
Tudo finda,
As paixões mais intensas,
As ondas mais violentas,
O beijo mais profundo
O querer, a posse, o poder.
A alegria genuína,
E o sofrer mais dilacerador,
Passa a febre, a doença, a amizade mais densa,
Mas, com certeza,
O que não passa é o verdadeiro amor,
Eterno, infinito, redentor.
Tudo pode acabar,
Mas ele jamais findará.