terça-feira, 30 de agosto de 2011

Som alto no ônibus? "É barulho no Buzu"


Música alta dentro de ônibus é senso comum de que incomoda (exceto para quem a propaga claro), no desempenhar de nossas rotinas nos vemos obrigados   escutá-las.  De certo, é algo pra se questionar, como chegamos a esse ponto? Em um ambiente social  a vontade particular se impondo  arbitrariamente para a coletividade? Rompimento dos mais sutis laços de cidadania, existem apenas direitos. 


Este quadro denuncia  nossa já conhecida fragilidade educacional, o indivíduo que não tem introjetado tais valores não é capaz de um pleno exercício de sua cidadania, não enxerga que os direitos dele começa onde o do outro termina, por isso, impõe sem preocupações o seu comportamento, nesse caso, o som que pra variar costuma ser alto... Mas afinal, o que será que está por detrás deste ato tão disseminado e continuamente crescente? Pode-se dizer que a popularização dos celulares é  fator primordial, mas este é um dos veículos  pelo qual se dá (também existem rádios portáteis com caixas de sons potentes), entretanto, ambos tratam-se do efeito e não da causa.

E se a motivação estiver em chamar a atenção, seria possível?  Em mundo narcísico este certamente deve ser um fator importante a se considerar e o levando em conta... Neste caso, chamar atenção para o quê? O que trazem estes conteúdos musicais? Existem diferentes estilos de "djs"? Sim, desde os que ouvem músicas com conteúdos românticos aos de protestos, passando pelas de conteúdo sexista. Variam as formas de expressão, alguns cantam juntos, outros formam verdadeiros grupos de percussão batucando no famoso "fundão". O que tudo quer nos dizer, o que se está a alardear?

já ouvi jovens cantando apaixonadamente refrãos tão pesados, com tamanha agressividade, me parecem denunciar com certas letras situações sociais muito mais dramáticas. Entretanto é leviano atribuir tal ação apenas as classes populares, pois, proprietários de veículos privados populares ou de luxo repetem a mesma ação, cada vez mais tunam seus carros com caixas de sons potentes, verdadeiros mini trios elétricos que seguem a mesma lógica dos "djs do buzu" (claro que de modo mais fortemente atrelado a valores  narcísicos)

Com certeza em ambos os casos falta educação (no sentido amplo da palavara) portanto, não tomemos o efeito pela causa. Parece que o quadro baseia-se na seguinte questão: A cidadania que não reconheço em mim, não sou capaz de reconhecer no outro que, aliás, pra mim é um estranho. Não há o que se perder, ganho mais em escutar por afronta, exibição ou alienação, imponho minha vontade e sei que ninguém vai reclamar (em tempos de violência ninguém vai arriscar-se a uma possível agressão).

E tantas outros aspectos devem estar a influenciar essa situação e é fundamental buscarmos compreender o que culturalmente estes fenômenos significam. Campanhas espalham-se não só na Bahia, em prol da conscientização e ela é necessária, mas se quisermos realmente parar de secar gelo, vamos investir na base que nos garanta uma boa formação nos tornando aptos a exercer plenamente a cidadania a fazer jus ao título de cidadão.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Flor Nascente



  
Pra ela o mundo é novo, cheio e possibilidades,
Pra ela, todas as flores, todas as cores.
Todo o amor de quem lhe cuida.
Os primeiros passos: Verdadeiros saltos!
Do balbucio à fala: Quase um milagre!
Sem me dar conta, assim sem perceber...
A vida daquela criança, me devolveu a esperança
De que ainda vale a pena viver!!





terça-feira, 16 de agosto de 2011

Relações nossas de cada dia.


Acredito que muitas vezes as relações podem constituir-se apenas como somas de incompletudes. Onde buscamos loucamente sermos felizes, depositando no outro expectativas e transferindo necessidades, muitas vezes negando a si mesmos. Se as relações partirem desse paradigma possuem grandes chances de serem meios de infelicitude.  Relações que podem proporcionar prazer, mas, não realização, satisfação e que muitas vezes enredadas em ilusões e mentiras causam a médio e longo prazo sofrimento de várias ordens.

Mulheres objetificam-se na busca de serem admiradas, desejadas e mais, claro que a mulher quer mais, na busca de serem amadas, de tal modo equivocadas, acabam por si desrespeitar. Nunca compramos e nos vendemos tão fácil à imagens estereotipadas que reforçando o machismo ancestral teimam em nos reduzir a objeto sexual. Homens, quantos homens preocupados com a quantidade de conquistas não conseguem passar da página dois, sabendo apenas serem dons Juans. 

Especializados na “arte” da conquista passam muitas vezes por cima da verdade, enganam, ludibriam e perdem a si mesmos pelo caminho, sem habilidade para lidar com as demandas reais das relações quando acaba o repertório. Perdem-se pelo caminho porque se não é possível sermos felizes sozinhos confundido corações carentes, tantas vezes fragilizados também não.Nessa ânsia de felicidade, nestes tempos turbulentos onde a superfície do mar está sempre revolta, onde as ondas são bravias e às vezes surpreendentemente terminam frágeis beira mar, mergulhamos e muitas vezes nos afogamos em relações pouco sadias.

Então, acredito que não há outro caminho que não do auto enfrentamento dessa incompletude, sem buscar fantasiosamente o outro e no outro o suprimento de demandas que são nossas. Quem tem que nos amar primeiro somos nós, quem precisa se cuidar, se proteger e ser nosso melhor amigo também somos nós. Se percebermos isso, vamos pouco a pouco desistindo da falsa idéia da metade da laranja e finalmente poderemos ser inteiros, em relações onde as pessoas se encontram, trocam e somam ao invés de subtrair.

Já é árdua a tarefa de ser humano por si só, afinal essa inteireza está sempre em construção e transformação que às vezes causam inevitáveis impactos nas vidas alheias, nem sempre conseguimos tomar as melhores decisões, emitir opiniões e atitudes mais sensatas, agimos impulsivamente.

Acredito que a consciência de nossa humanidade faz com que sejamos mais generosos com a dos outros e também mais respeitosos. Que apesar das dificuldades, nossa necessidade legítima de felicidade, de bem estar, assim como de liberdade não se torne pretexto distorcido e virem apenas uma ânsia louca que só nos traga  infelicidade.




sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Filhos melhor tê-los quando:














Tiver terminado seus estudos,
Tiver um emprego estável,
Um bom nível de maturidade,
Com alguém que você respeite, 
Confie, admire e claro ame e seja amado.
Mas, se por algum acaso fugir a regra do desejável.
A própria vida em si, é a grande dádiva,
Bem maior a ser preservado.


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Mentiras que o mundo conta




Quando você se formar, conseguir aquele emprego que paga super bem ou ganhar na mega sena, você vai ser feliz;

Quando você morar sozinho, tiver seu carro/moto, vai ter total independência e conquistar todas as mulheres (Bobagem, só algumas iludidas);

Quando você perder aqueles quilinhos a mais, puder comprar todas as roupas e acessórios que quiser, ai sim você vai ser bonita e valorizada (Viver de aparência é se prender a uma ilusão);

Quando você alisar, escovar e tingir os cabelos de rúbios acinzentados com chocolate e avelã, ai sim você vai se encaixar em algum padrão e chamar atenção (Cuidado, você pode cair em um processo de escravidão);

Quando você tiver mil e um conhecidos jamais vai sentir solidão (Na maioria das vezes os amigos a gente conta nos dedos das mãos).
Quando você tiver aqueles músculos ai sim vai ser o predador (Tolice, também é preciso malhar o cérebro, por favor);

Quando você tirar dez vai poder dizer sou inteligente e ai pronto, é suficiente (falácia, inteligência sem sabedoria perde boa parte do seu valor, ditadores costumam ser inteligentes). 

Verdades que o mundo esconde

Em um castelo ou em uma casinha simples, aquela de sapê, há homens e mulheres essencialmente iguais a mim e a você;

A única forma possível de ser feliz é vivendo o presente, se olhando de frente no espelho da vida, enxergando os defeitos e qualidades, abandonando pouco a pouco a vaidade, deixando a alma se emancipar;

É importante tudo o que o mundo tem para oferecer desde que isto não escravize você. Deixa a alma livre, aposto que ela só quer amar, que ela só quer viver.